Essai de Résistance

sábado, julho 26, 2008

Devagar

Às vezes quero pensar que aqui é escondido demais para alguém olhar, para alguém me achar. Quero me sentir livre pra colocar tudo que se passa aqui, aqui. Com a confiança de que nada sairá do controle, de que memórias alheias tenham se esquecido.
Aos poucos eu volto. Preciso disso mais do que nunca. Isso só diz respeito a mim.

segunda-feira, julho 07, 2008

Faz mais de um ano. Escolhi este texto para recomeçar, porque é disto que se trata.



A águia é a ave que possui maior longevidade da espécie. Chega a viver setenta anos. Mas para chegar a essa idade, aos quarenta anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão.
Aos quarenta, ela está com as unhas compridas e flexíveis , não consegue mais agarrar suas pressas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva. Apontando contra o peito estão as penas, e voar já é tão difícil! Então a águia só tem duas alternativas: Morrer ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar cento e cinqüenta dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo . Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. E só cinco meses depois sai o formoso vôo de renovação e para viver então mais trinta anos.
Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes, velhos hábitos que nos causam dor. Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que a renovação sempre nos traz.

(autor desconhecido)